Preso preventivamente
pela Operação Lava Jato na semana passada, o empresário Mariano
Marcondes Ferraz será solto por determinação do juiz federal Sergio
Moro. O juiz tomou a decisão nesta quinta-feira, depois do depoimento de
Ferraz na 13ª Vara Federal de Curitiba, em que ele se comprometeu a
cooperar com as investigações.
Executivo do grupo Trafigura, do
ramo de petróleo, e representante no Brasil da fabricante de
combustíveis Decal, o empresário foi preso por ter pagado 868.000
dólares em propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que
confirmou os pagamentos em sua delação premiada. Ferraz é marido da
atriz Luiza Valdetaro, com quem morava em Londres.
A troca da
prisão preventiva de Mariano Marcondes Ferraz por medidas alternativas,
incluindo fiança, foi proposta pela defesa dele e aceita pelo Ministério
Público Federal. Sergio Moro proibiu o empresário de deixar o país e
mudar de endereço e determinou que ele pague uma fiança de três milhões
de reais. Ferraz se mudará com a família para um apartamento em São
Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
“Embora
isso possa lhe trazer dificuldades profissionais, já que trabalha no
exterior, trata-se de algo que o investigado terá que resolver por sua
conta. Caso fosse mantido preso preventivamente, evidente que as
dificuldades seriam ainda maiores”, escreveu Moro no termo de audiência
de Ferraz.
A fiança, segundo o juiz federal, foi fixada levando em
conta a renda de cerca de 300.000 dólares anuais de Mariano Marcondes
Ferraz, além dos valores pagos em propina. “Convertendo valor pelo
câmbio de hoje, tem-se cerca de R$ 2,8 milhões, que arredondei para três
milhões”, explica o magistrado
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