Combinadas, as mudanças no calendário eleitoral e nas regras de financiamento de campanhas transformaram a disputa presidencial em
2018. O encurtamento (de 90 para 45 dias) do período quando a
propaganda na ruas e na TV é permitida fez alargar no tempo e aumentar a
importância da chamada pré-campanha — uma época de “vale-tudo
eleitoral”, em que os pré-candidatos não precisam prestar contas à
Justiça Eleitoral.
Desde 7 de abril, os presidenciáveis vêm protagonizando uma disputa
de instabilidade política e de falta de transparência nos gastos. Nenhum
dos quatro mais bem colocados nas pesquisas nos cenários sem o
ex-presidente Lula — Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB)
— soube ou quis informar quanto já gastou ou quanto estima gastar até
16 de agosto, quando passa a ser obrigatória a prestação de contas à
Justiça. Por ora, garantem usar recursos dos partidos, sem dizer quanto
já receberam em doações ou convites privados para suas atividades de
pré-candidatos.
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