“Ok, eu vou destruir humanos”, disse Sofia, a primeira robô no mundo a
receber cidadania de um país – rolou na Arábia Saudita. Em uma de suas
inúmeras entrevistas, a robô respondeu a David Hanson, um de seus
idealizadores, quando ela pretendia destruir a humanidade. O
interlocutor riu de sua resposta destrutiva, e o sistema de inteligência
artificial de Sophia detectou que se tratava de um momento alegre. Ela
retribui mostrando os dentes. Apesar das feições inspiradas na atriz de
“Bonequinha de Luxo” Audrey Hepburn (algo deu errado), seu sorriso é
assustador.
A “Sofia destruidora” virou manchete, não à toa. Desde as primeiras revoluções industriais, parte do imaginário ocidental ligado à tecnologia alimenta ilusões de dominação humanoide. Esse tipo conspiração faz até mais sentido no momento em que a aplicações de inteligência artificial (IA), como machine learning
(aprendizado de máquina), ganham um poder de decisão sem precedentes na
vida dos cidadãos. Algoritmos determinam a rota do carro, o produto a
comprar na internet e sugerem parceiros amorosos.
Nesse campo, evoluem processos como deep learning
(conhecimento profundo), um ramo do aprendizado de máquina que
possibilitou o avanço de áreas como transporte autônomo e saúde, com
diagnósticos médicos mais precisos. O deep learning parte de modelos
como o neuronal artificial, estudado desde a década de 1950 einspirado nos neurônios humanos e suas sinapses.
Essa técnica de aprendizado é uma das mais complexas, e resolve
problemas que vão muito além da matemática pura. Algoritmos trabalham
com tanta precisão que, a depender do caso, têm taxas de 85% a 95% de precisão.
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