Oficiais da Polícia Federal prenderam, na manhã desta
quinta-feira, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Rio
2016 , Carlos Arthur Nuzman.
Os oficiais chegaram à casa do
dirigente, no Leblon, pouco antes das 6 horas da manhã (de Brasília) com
um mandado de prisão temporária, por cinco dias. Enquanto isso, outra
diligência se encaminhou para o bairro das Laranjeiras, com outro
mandado para Leonardo Gryner, diretor geral do comitê da Rio 2016 e
braço direito de Nuzman no COB.
Nuzman é considerado o principal
responsável pelo pagamento de propina a dois membros do COI na eleição
do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016. No começo de setembro,
ele foi encaminhado à sede da Polícia Federal para prestar depoimento na
operação batizada como Unfair Play, que investiga a corrupção durante o governo estadual de Sérgio Cabral (2006 a 2014), mas permaneceu calado.
Os
investigadores de PF, Ministério Público Federal e Receita Federal -
com auxílio das autoridades francesas - apontam Nuzman como elo entre o
pagamento da propina de US$ 2 milhões para Papa Massata Diack através do
empresário Arthur Soares, o "Rei Arthur", que está foragido.
O
cartola de 75 anos entregou passaportes às autoridades, entre eles um
diplomático e um russo. A denúncia do MPF, por sinal, aponta que Nuzman
teria vendido o seu voto em favor da candidatura de Sochi para sediar os
Jogos Olímpicos de Inverno em 2014 em troca de um passaporte russo para
poder fugir das investigações brasileiras.
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