Afinal, o poderoso atacante era visto como o novo melhor do mundo durante suas duas passagens pela equipe (2001-2002 e 2004 a 2009), mas os problemas extracampo acabaram minando sua vontade de seguir no futebol.
Um dos maiores ídolos da história da Internazionale, o ex-lateral argentino Javier Zanetti deu uma forte declaração em entrevista ao TuttoMercado: a maior derrota de sua carreira foi não ter conseguido salvar Adriano.
"Quando ele marcou aquele gol no Real Madrid (em 2001), eu disse a mim mesmo que nós tínhamos encontrado o novo Ronaldo", revelou o hoje dirigente do clube nerazzurri.
"Mas ele veio das favelas, o que me assustava, porque eu vi quão perigoso era ali, e quando você se torna rico do nada, tudo se torna mais traiçoeiro".
"Quando ele recebeu o telefonema sobre a morte do seu pai (2004), nós estávamos no quarto. Ele bateu o telefone e começou a gritar de um jeito que ninguém poderia imaginar. Isso me arrepia ainda hoje", admitiu Zanetti.
"A partir daquele dia, Massimo Moratti (ex-dono da Inter) e eu tratamos ele como um irmão mais novo. Ele continuou a jogar futebol, fazer gols e dedicá-los a seu pai apontando para o céu. Mas depois daquele telefonema, nada mais foi o mesmo".
"Uma noite, Ivan Córdoba dividiu um quarto com Adriano, lhe disse que ele era uma mistura de Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic e perguntou se ele estava consciente de que se tornaria o melhor do mundo", contou o ex-jogador.
"Nós não fomos capazes de tirá-lo do túnel da depressão. Essa foi minha maior derrota, eu me senti impotente", resignou-se Zanetti.
Adriano, hoje com 35 anos, atuou também por São Paulo, Flamengo, Roma, Corinthians e Atlético-PR, mas está sem jogar profissionalmente desde 2016 e vive no Rio de Janeiro.
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