Uma equipe de cientistas desenvolveu nova técnica para detectar
mosquitos infectados com o vírus da zika, que seria 18 vezes mais rápida
e 110 vezes mais barata que as utilizadas atualmente.
“Podemos identificar rapidamente os mosquitos que estão infectados
com o vírus da zika para que as autoridades de saúde pública possam
tratar as áreas afetadas antes que se propague aos humanos”, disse Maggy
Sikulu-Lord, da Universidade de Queensland (UQ) da Austrália, em
comunicado.
Sikulu-Lord e Jill Fernandes constataram que a espectroscopia no
infravermelho próximo (NIRS, em inglês) é mais eficiente para detectar a
presença do vírus, já que “só implica a projeção de um raio de luz nos
mosquitos para utilizar essa informação e determinar se estão
infectados”.
Até o momento, a tecnologia NIRS mostrou efetividade entre 94% e 99%
na identificação de mosquitos infectados, em estudos realizados em
condições de laboratório no Brasil.
Os pesquisadores, que estão analisando o nível de precisão dessa
ferramenta em condições naturais no Rio de Janeiro, esperam que a nova
técnica possa ajudar a detectar outras doenças transmitidas por
mosquitos, como dengue e malária.
Do estudo participaram também Rafael de Freitas e a equipe da
Fundação Oswaldo Cruz do Brasil; John Beier, da Universidade de Miami; e
Floyd Dowell, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
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