Eles não percebem que tudo é combinado diretamente com o Lula, o nosso lider?”,
desabafou Gleisi Hoffmann, há pouco mais de duas semanas, em conversa
com um aliado.
Sob ataque de colegas que querem acelerar as discussões sobre
a substituição da candidatura do ex-presidente, a senadora paranaense
tenta conter um levante às vésperas de seu primeiro aniversário no
comando nacional do PT.
O vigor com que Gleisi defende a manutenção do nome de Lula na
corrida presidencial rendeu um embate com governadores petistas. Os
líderes locais querem que o PT negocie apoio ao candidato de outro
partido ou aponte de uma vez o nome que será lançado na disputa no lugar
do ex-presidente preso.
A presidente do PT desautorizou essas cobranças
em mais de uma ocasião.
“Os governadores têm uma preocupação natural,
mas o PT só tem a perder se substituir Lula ou apoiar outro candidato
agora”, disse Gleisi à Folha.
“Teríamos uma dispersão
da base e uma crise sem precedentes, porque hoje não temos um nome com
capacidade de unificar o partido.”
A senadora completará um ano à frente do partido no dia 3 de junho,
na fase mais dramática da história da sigla e de sua própria vida
política.
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