sexta-feira, 25 de maio de 2018

Para governo não são os caminhoneiros: Quando a irresponsabilidade de empresarios leva um país ao colapso

 
 Parte da oposição festeja o caos como se não fossem atingidos e vão pagar impostos

Farmácias sem remédios, postos de saúde sem vacinas, mercados sem comida. Ameaça de falta d’água no Rio e suspensão da coleta de lixo em São Paulo. Os profetas do apocalipse teriam dificuldade de prever o que acontece no Brasil neste fim de maio de 2018.
Em apenas quatro dias, o país chegou à iminência de um colapso.
A crise de desabastecimento não foi provocada por uma mera greve de caminhoneiros. 
Há participação explícita de grandes empresários de transportes na paralisação. Greve apoiada por patrões não é greve, é locaute. Nem sempre se limita a buscar vantagens financeiras. Pode embutir outros fins, como desestabilizar governos e tumultuar eleições.
O movimento estimula oportunismos de todos os tipos. Donos de postos achacam motoristas em pânico. Parte da oposição festeja o caos. A direita desnorteada e amalucada volta a pedir “intervenção militar”, um eufemismo rasteiro para golpe.
O Congresso reagiu com a irresponsabilidade que se espera dele. Senadores sumiram de Brasília na manhã de quinta, com medo de ficarem sem voos para a folga do fim de semana. Deputados ignoraram um erro grosseiro de cálculo, superior a R$ 10 bilhões, ao aprovarem a redução de impostos sobre a gasolina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário