Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), obtido pelo Estado,
aponta que 6 em cada mil magistrados estão sob ameaça no Brasil. Os
riscos na atuação profissional são maiores para os juízes de primeira
instância – a média sobe para 7 em cada mil – e menores para
desembargadores, quando o índice cai para 2 por mil. Ao todo, 30 dos 82
tribunais citados na pesquisa relataram casos de ameaças, contabilizando
110 magistrados em situação de risco no ano passado.
O estudo do CNJ constatou ainda que 97% das ameaças decorrem da
atuação dos magistrados e que o potencial agressor é conhecido em 65%
dos casos. E não são apenas os juízes criminais que sofrem ameaças,
ofensas e tentativas de intimidação – as áreas de atuação que trazem
mais riscos são as Varas de Família, do Trabalho e os casos de violência
doméstica.
“É preciso estar atento, porque ser juiz não é uma profissão
qualquer, é uma profissão onde o magistrado vai lidar com a vida das
pessoas, decidir a vida delas, e uma das partes do processo sempre
perde. É uma arena onde vão disputar bens e direitos e por conta disso é
normal que haja reação da parte desagradada”, disse a delegada da
Polícia Federal Tatiane da Costa Almeida, diretora do Departamento de
Segurança Institucional do Poder Judiciário do CNJ.
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