Dois fatos vêm sendo confirmados por todas as
pesquisas e parecem inegáveis no retrato do momento:
#a grande
resiliência do ex-presidente Lula na liderança da disputa presidencial,
mesmo depois de condenado e delatado pelo ex-amigo Antonio Palocci,
#e a
impopularidade superlativa do presidente Michel Temer, a maior de todas
as séries de todos os levantamentos pós-ditadura.
Fora isso, porém, há uma grande confusão nos dados trazidos pelos
institutos, expondo enormes contradições no eleitorado, que já não
reflete só a tradicional divisão das forças políticas, mas chegou a um
estado de fragmentação, ou quem sabe, estupefação.
O Datafolha do fim de semana ajuda a reforçar essa percepção quando
se lê o conjunto da obra. O mesmo Lula que lidera em todos os cenários,
chegando a 36% das preferências, e teve uma queda de 4 p.p. em sua
rejeição – de 46% para 42% – deveria ser preso na opinião de 54% desses
mesmos entrevistados.
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