RFI - A informação de que o embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos
Amiridis, teria sido morto em um crime planejado por sua mulher, teve
grande repercussão na imprensa internacional. Vários jornais relataram
detalhes do assassinato, cometido na Baixada Fluminense por um policial
militar, amante da esposa do diplomata.
A assunto ganhou destaque na rede de televisão norte-americana CNN,
que reproduz informações da Agência Brasil. O canal conta que o
policial Sérgio Gomes Moreira alegou ter matado o embaixador em legítima
defesa, antes de ter pedido para seu primo, Eduardo Moreira de Melo,
ajudá-lo a esconder o corpo do diplomata.
O jornal francês Le Figaro fala de um “cenário macabro”, e
diz que o crime foi planejado por Françoise de Souza Oliveira, mulher
do embaixador. O assassinato também chamou a atenção do canal de
televisão francês France 24, que transmitiu várias vezes uma reportagem sobre o assunto durante a tarde de sábado (31).
Com a manchete “novela macabra da morte do embaixador grego no Brasil”, o jornal espanhol El País
também deu bastante destaque para o episódio. O diário relata que um
cúmplice (Moreira de Melo) confessou que Françoise ofereceu € 23 mil
para que ele assassinasse Amiridis.
Já o jornal norte-americano The New York Times conta o caso em detalhes e afirma que o assassinato do embaixador grego foi chocante, “mesmo para os padrões de uma cidade acostumada com crimes”.
Para o diário, o episódio representa um final de ano horrível para um
país que já sofre com um crise financeira e escândalos políticos.
Amiridis
estava de férias com a família no Rio e deveria voltar a Brasília em 9
de janeiro, mas na quarta-feira (28) Françoise denunciou que não tinha
notícias do marido desde a noite de segunda-feira (26), quando ele teria
saído do apartamento que mantinham em Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense. Na quinta-feira (29), um carro carbonizado transportando seu
corpo foi encontrado debaixo de um viaduto da região. O veículo foi
identificado como o alugado pelo embaixador.
Françoise de Souza
negou o crime e garantiu não saber de nada, mas durante depoimento na
delegacia, e diante das contradições, revelou que o policial militar foi
o autor do homicídio.
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