dw.com - Em julgamento, Dylann Roof não mostrou arrependimento pelo massacre
numa igreja nos EUA, que deixou nove mortos, em 2015. Júri decide pela
pena máxima para os crimes, com motivações racistas, cometidos pelo
atirador.
O atirador de Charleston, Dylann Roof, foi condenado à
morte nesta terça-feira (10/01) pelo ataque à Igreja Metodista Episcopal
Africana Emanuel, que deixou nove mortos, em junho de 2015. Em
dezembro, o júri declarou Roof culpado por todas as acusações que
enfrentava.
Entre as 33 acusações estão crimes de ódio que
resultaram em morte e obstrução de religião. O atirador, de 22 anos, não
mostrou ARREPENDIMENTO muito menos remorso durante o julgamento.
"Ainda acho que tinha que
fazer isso", disse Roof pouco antes do júri se reunir para decidir a
pena pelas condenações. O atirador recusou ser representado por
advogados nesta última fase do julgamento, contrariando a recomendação
de sua defesa e do juiz.
O promotor Jay Richardson pediu a pena de
morte pois o atirador não mostrou em nenhum momento remorso ou
arrependimento por seu ato.
Roof foi acusado de executar um crime
planejado friamente contra as pessoas que participavam de um grupo de
estudo na igreja. O atirador confessou o ataque e suas motivações
racistas. Durante as investigações, ele disse que, ao abrir fogo contra
os fiéis, desejava incitar um conflito racial no país.
Antes do
ataque na igreja, uma das mais antigas frequentadas pela comunidade
negra nos EUA, Roof chegou a se sentar com os presentes por cerca de uma
hora. Apenas três pessoas sobreviveram ao massacre.
O interesse
de Roof por uma supremacia branca ficou registrado em sua página no
Facebook, onde ele exibiu fotos posando com uma bandeira dos Estados
Confederados da América (unidade política formada por estados do sul dos
EUA, notoriamente agrários e escravistas, em 1861).
O ataque em
Charleston foi um dos piores a um local de culto nos EUA dos últimos
anos. O massacre levou à remoção da controversa bandeira confederada,
considerada símbolo de racismo e do orgulho sulista nos Estados Unidos,
da área do capitólio da Carolina do Sul.
A pena de morte e sua execução é rara no âmbito federal. Desde 1976, autoridades federais executaram apenas três condenados.
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