A ministra Carmén Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 30 dias para a conclusão das investigações sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no inquérito que apura repasses irregulares da Odebrecht à campanha presidencial de 2014. Inicialmente, a Procuradoria-Geral da República (PGR)
havia pedido mais 60 dias para concluir a investigação.
Na decisão,
proferida ontem (13), Cármen concedeu mais 30 dias e afirmou que o
objetivo é “evitar dilações processuais indevidas”.
O ministro Edson Fachin é o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, mas a ministra Cármen Lúcia decidiu pelo prazo de prorrogação por ser a ministra de plantão no tribunal.
O nome do senador foi citado por ex-executivos da empreiteira
Odebrecht, que teriam repassado vantagens indevidas em 2014 para
campanha do senador à Presidência da República. Em depoimentos de
delação premiada, o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e
outros executivos do grupo disseram que o senador recebeu propina para
atuar favoravelmente aos interesses da empresa. O objetivo, segundo os
delatores, seria obter apoio parlamentar para a construção das usinas
hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.
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