A menos de três meses do primeiro turno das eleições, com o cenário já se desenhando, os chefes de governos estaduais que buscam se reeleger devem enfrentar dificuldades. Apesar de os índices elevados de sucesso nas últimas cinco disputas eleitorais mostrarem que mais de 60% dos governadores
que tentaram continuar no posto conseguiram ser reconduzidos ao cargo,
especialistas apontam que o continuísmo não será marca do processo
eleitoral deste ano.
Entre as principais barreiras dos governantes que
postulam retornar ao cargo estão as acusações de corrupção, a rejeição à
classe política, o desejo de renovação e a dificuldade fiscal
enfrentada por muitos estados.
Como as convenções partidárias ocorrem entre 20 de julho e 15 de agosto, conforme calendário eleitoral divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nenhuma candidatura foi oficializada ainda. Mas a movimentação dos partidos indica que pelo menos 18 dos 27
atuais governantes se interessam em pleitear candidaturas.
O número não
é anormal, já que, desde 1998, em média, 19 governadores disputam
reeleição. O que não se sabe é se a situação será favorável à
continuidade, como foi em 2006, com 70% de sucesso dos que tentaram um
segundo mandato, ou será mais propensa a mudanças, como em 2002, quando
apenas metade dos pretendentes conseguiu a recondução, o que ainda é um
índice considerado alto.
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