As
fortes declarações do ministro Gilmar Mendes em relação à Operação Lava
Jato, feitas durante a sessão do Supremo Tribunal Federal da última
quarta-feira, continuam repercutindo nas redes sociais e no meio
jurídico. Em sua fala, Gilmar disse que a “corrupção” entrou no
Ministério Público e reclamou do “empoderamento” de juízes e
procuradores que atuam nas investigações. Segundo ele, está havendo até
mesmo ingerência na escolha de advogados para firmar acordos de delação
premiada.
O ministro relatou conversa que teve com o advogado José Roberto
Batochio, que deixou a defesa do ex-ministro Antonio Palocci porque
“Curitiba assim exige” e porque não era “bem-visto nessa roda”. “O que o
Dr. Batocchio fez com a seriedade foi dizer que estavam escolhendo
advogados para delação. Ou aqueles que não poderiam sê-lo. Veja aqui,
como esse sistema vai engendrando armadilhas e, à medida que nós
diminuímos a nossa competência, estamos alimentando. É o ovo da
serpente”, disse.
As declarações de Gilmar ocorreram durante o julgamento da
procedência do habeas corpus de Palocci, negado pelo STF, mas que teve
seu voto favorável. Na ocasião, ele afirmou que não se poderia negar um
HC preventivo a um condenado em 1ª instância e preso há um ano e meio.
Referendar o HC seria “empoderar ainda mais a atuação dos responsáveis
pela Lava Jato”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário