A traição vem rolando solta na Câmara dos Deputados. Em um país onde parlamentares são eleitos também
pelos votos dados aos partidos, como é o caso do Brasil, a infidelidade
com as posições das bancadas chega a até surpreendentes 73%.
Entre os partidos, o campeão de infidelidade é o Podemos (Pode),
do deputado Bacelar. Os quinze colegas do parlamentar baiano, em média,
divergem da posição da bancada em 28% das votações. A situação fica
ainda mais interessante quando se percebe que o PTN (legenda que,
refundada, deu lugar ao Pode) elegeu apenas quatro deputados em 2014. Os
demais deixaram para trás as agremiações (e as ideias) que os levaram a
Brasília aproveitando brechas legais e janelas de “troca-troca”.
Por outro lado, o campeão da unidade nas votações é o pequeno PSOL.
De ideologia clara de esquerda, a legenda tem conseguido que seus seis
deputados estejam juntos em cerca de 98% dos casos.
A oposição a quase
todos os governos, com o baixo comprometimento que esta posição traz,
ajuda.
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