O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou nesta segunda-feira (19/3) a Operação Caifás para desarticular uma associação criminosa que atuava desviando recursos de igrejas católicas do Entorno do DF, incluindo Formosa e Planaltina de Goiás.
Os recursos eram provenientes de dízimos, doações, taxas oriundas de
batismo e casamento, além de arrecadações vindas dos fiéis para a
realização de festas religiosas. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2
milhões.
Os alvos são lideranças religiosas ou administrativas ligadas às
igrejas. Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão e 10 de
busca. O bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres e um
monsenhor foram presos.
As investigações começaram após o Ministério Público ter recebido
denúncias de apostolados leigos (fiéis) ao perceberem que os desvios
haviam sido iniciados em 2015. Entre as suspeitas, estava o fato de as
despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, terem passado
de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto.
Acionado, o MP apurou as denúncias e deu início à operação. Os
promotores e policiais cumprem os mandados em domicílio, na cúria da
Diocese de Formosa, em paróquias de outras cidades e em um mosteiro.
Foram apreendidas caminhonetes da cúria de Formosa em nome de terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, cujo valor ainda não foi divulgado.
Foram apreendidas caminhonetes da cúria de Formosa em nome de terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, cujo valor ainda não foi divulgado.
A operação tem a coordenação dos promotores de Justiça Fernanda
Balbinot e Douglas Chegury e conta com a atuação de mais dez promotores,
com apoio do Centro de Inteligência (CI) do MPGO, do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito
Federal, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI-MP), além da
Polícia Civil e da Polícia Militar.
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