E-mails internos de executivos da Odebrecht corroboram denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Lula, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo.
Segundo a procuradora-geral, Raquel Dodge, foram repassados US$ 40 milhões em propinas da Odebrecht ao PT.
Os valores teriam sido acertados em 2009 e teriam como contrapartida intervenção do governo no BNDES para beneficiar a construtora.
Dodge sustenta que, em 2009, os executivos da empreiteira ‘cogitaram
de 40 e 50 milhões de dólares (e-mails de 02/03/2009 e 09/03/2009),
sempre em interlocução com Palocci e Paulo Bernardo’.
Raquel Dodge pontua que, em 2010, último ano de Lula no governo, o
valor ainda não estaria definido. “Ir no PB [Paulo Bernardo] é
complicado por causa do rebate não confirmado… Ele vai me cobrar e não
sei o que dizer mais. Sugestão: peça para Feijó recorrer ao PB. Se der
tempo, me avise antes que deixo o PB melhor capacitado”.
“Feijo me pediu apoio para fechar no mínimo em USD 1 bi. Me disse
também que a operação do CS eles não vão aceitar por agora. Vou avisar a
Italiano [Palocci] que se querem algo, eles precisam agir”, diz Marcelo
Odebrecht a outros executivos.
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