Há quem diga que Temer, sabendo que a reforma da Previdência seria
rejeitada, armou um factoide para mascarar a derrota, (parece como estrategia se saiu bem, o povo começa apoiar a Intervenção no RJ, só a oposição se demonstra contrário perdendo ibope).
Há quem diga que
Temer, com a popularidade no chão, decidiu encarnar-se no herói que luta
contra bandidos. Pode ser: ninguém jamais perdeu dinheiro ao apostar no
caráter vacilante de um político.
Mas por que não armar tudo direitinho?
A crise no Rio vem de longe, de muitos anos; o Rio esteve sob
controle dos bicheiros, dos narcotraficantes, dos milicianos. Os
bandidos, de certa forma, supriam a ausência do Governo:
levavam doentes
para hospitais, às vezes conseguiam remédios para os moradores, tudo em
troca da submissão total. Nas eleições presidenciais de 1989, só
Brizola podia livremente fazer sua campanha.
Os outros candidatos, para entrar no Rio, precisavam acertar uma
aliança com algum bicheiro de porte – e certamente não era de graça. O
Correio atende no máximo à metade da população.
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