Uma
vez que contrai o vírus zika, a fêmea do mosquito Aedes aegipty pode
transmiti-lo não apenas ao ser humano, mas também aos seus ovos e
descendentes, aponta um estudo norte-americano publicado ontem na
revista especializada American Journal of Tropical Medicine and Hygiene.
Segundo os autores, o achado indica que as estratégias de combate ao
transmissor da doença não devem se basear apenas na pulverização de
inseticida no ambiente, que mata apenas o animal adulto. Para os
autores, o uso de larvicidas também deve ser considerado.
“As implicações (da descoberta) para o controle viral são claras.
Isso torna a tarefa mais difícil. A pulverização afeta os adultos, mas,
geralmente, não mata suas formas imaturas, ou seja, seus ovos e larvas. A
pulverização vai reduzir a transmissão, mas pode não eliminar o vírus”,
explica, em um comunicado, Robert Tesh, pesquisador da Universidade do
Texas.
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