Técnicos
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitaram hoje (15) a
prorrogação do prazo para finalizar a perícia contábil dos dados
apresentados pela Gráfica Focal, que prestou serviços à campanha
eleitoral da presidenta afastada Dilma Rousseff. Os servidores do TSE
alegam que a documentação completa sobre a empresa só chegou no dia 1º
de agosto.
Em dezembro de 2014, as contas da campanha de Dilma e do vice, Michel
Temer, foram aprovadas com ressalvas por unanimidade no TSE. De acordo
com entendimento atual da Corte Eleitoral, a prestação contábil da chapa
é julgada em conjunto.
No entanto, no ano passado, o presidente do TSE, Gilmar Mendes,
atendeu a um pedido do PSDB e determinou que seis órgãos de investigação
apurassem supostas irregularidades nos pagamentos a sete empresas que
prestaram serviços à campanha eleitoral de Dilma em 2014. De acordo com a
decisão, a Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público,
deveriam investigar se as empresas receberam valores desproporcionais à
capacidade operacional para prestar serviços na campanha.
Além das contas da campanha presidencial do PT, que também foi
composta pelo vice, Michel Temer, o TSE também investiga o suposto
recebimento de propina como doação oficial de campanha pelo PP e PMDB. O
pedido de apuração foi baseado nas delações premiadas de investigados
na Operação Lava Jato.
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