Acuadas
no plano nacional, acusadas de corrupção pela Lava-Jato e
responsabilizadas pela má gestão que afundou o país em uma crise
econômica sem precedentes na história recente brasileira, as legendas do
chamado campo de esquerda lideram, até o momento, em apenas quatro das
20 capitais que já divulgaram pesquisas de intenção de voto. Mesmo em
algumas cidades em que já governam, como São Paulo (PT de Fernando
Haddad) e Curitiba (PDT de Gustavo Fruet), os partidos não estão no topo
da tabela de intenção de votos.
Nas outras 16, o grupo político que
lidera as expectativas de voto é ligado ao partido que está ou àqueles
que dão sustentação ao atual governo federal, personificado na figura do
presidente em exercício, Michel Temer.
Levantamento do Correio Braziliense mostra que os heróis da
resistência esquerdista, até o momento, são: Luciana Genro (PSol) em
Porto Alegre; Roberto Cláudio (PDT) em Fortaleza; Carlos Eduardo (PDT)
em Natal; e Marcus Viana (PT) em Rio Branco. Os pedetistas de Natal e
Fortaleza concorrem à reeleição, assim como Viana. A exceção nesse grupo
é Luciana Genro, que traz o recall da eleição presidencial de 2014 e um
dos sobrenomes mais tradicionais da política gaúcha.
Nas principais capitais, o quadro é cristalino: no Rio e em São
Paulo, a disputa é liderada pelo PRB, como Marcelo Crivella e Celso
Russomano, respectivamente. Em Salvador, onde o PT sequer lançou
candidato próprio — apesar de governar a Bahia —, ACM Neto (DEM) caminha
tranquilamente para a reeleição. E em Manaus, onde Lula já desembarcou
em 2012 para tentar animar seus aliados, o tucano Arthur Virgílio (PSDB)
também tende a voar em céu de brigadeiro.
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