Um dos principais envolvidos no esquema de corrupção investigado na operação Lava Jato,
o empresário Marcelo Odebrecht se reuniu pela primeira vez pessoalmente
com integrantes da força-tarefa para tentar viabilizar um acordo de
delação.
Durante depoimento
de dez horas em Curitiba, na quinta-feira, ele revelou a quatro
procuradores a intenção de explicar, em detalhes, como fez pagamentos
ilícitos a políticos de diversos partidos nos últimos anos, de acordo
com o jornal O Globo.
O
acordo de colaboração está em negociação desde maio. Os investigadores
afirmaram que a proposta apresentada é “satisfatória”, mas ainda depende
de documentação e detalhamento dos fatos. A expectativa é de de que 51
executivos e gerentes da empreiteira contribuam com as investigações.
A
Odebrecht promete apresentar provas que envolvem, além de integrantes
do governo federal, 35 senadores, 13 governadores e dezenas de
prefeitos. O objetivo é detalhar os pagamentos feitos pelo Setor de
Operações Estruturadas, conhecido como “diretoria da propina”. A área
foi criada pela empresa para repassar valores a políticos.
Um
dos pontos de embate para fechar o acordo gira em torno da origem dos
repasses a políticos. A empreiteira afirma que a maior parte dos
pagamentos foi feita como caixa dois de campanha, sem vinculação direta
com obras ou contratos com governo. Os procuradores cobram informações
sobre a origem da propina.
Operação Lava Jato: os bens luxuosos das quadrilhas presas:
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