Para
estimular um crescimento econômico mais igualitário no Brasil, o país
deve aumentar os recursos destinados ao Bolsa Família, já que o programa
é o único gasto social verdadeiramente progressivo e que chega ao
pobre. A avaliação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), que fez uma série de recomendações ao Governo nesta
semana.
Segundo relatório da OCDE, um pacote de reformas que desvinculasse o
piso de benefícios previdenciários do salário mínimo e que, ao mesmo
tempo, deslocasse as economias que possam ser geradas para o Bolsa
Família, poderia ter feito a desigualdade no Brasil diminuir 63% mais
rapidamente nos últimos anos.
“É importante olhar medidas que limitem os aumentos reais dos
benefícios que não atinjam os pobres. Não diminuir, mas somente limitar
aumentos futuros e usar essa economia para transferir mais dinheiro para
o Bolsa Família. Aumentar o escopo de pessoas que possam utilizar o
benefício “, explica Jens Arnold, economista responsável pelo Brasil na
OCDE, ao EL PAÍS.
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