terça-feira, 24 de novembro de 2015

REDES SOCIAIS: Que tipo de relações estamos cultivando?



Redes sociais podem diminuir convivência, limitando-a às relações virtuais. Foto: Shutterstock
Superficialidade: é assim que muitos encaram a vida. Sem intensidade, sem emoção, sem apego. Só com o medo de arriscar, de gostar de verdade, de se entregar a um sentimento sem ter prazo de validade. Por isso, não vivem. Apenas passam pelos dias como escravos de previsões, sofrendo pela escassez de certezas. A preocupação está focada em algo ainda mais superficial: um perfil na internet.
As pessoas se relacionam, rasgam declarações de amor nas redes sociais, mas não sabem qual a banda preferida do outro, o que ele mais gosta de comer, qual seu maior sonho, que número calça ou sua cor preferida. Expomos tanto as nossas vidas e, ao mesmo tempo, mal nos conhecemos. Somos cada vez mais ligados e mais distantes. 
Que tipo de relações estamos cultivando? 
Descartáveis, assim como os produtos que consumimos? O pior de tudo é que não é culpa do Facebook, assim como não era do Orkut ou do MSN: o meio é só uma ferramenta. 
A responsabilidade é nossa, por estarmos, cada vez mais, nos afastando de tudo que é passional e palpável com uma justificativa em tom clichê: autoproteção.

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