O Sanção alienado (nome do cavalo personagem do livro) se ilude, sonha, desafia, conquista; para outros, às vezes sem nenhum merecimento, usufruir.
Trocando em miúdos, é o popular:
Início este artigo relatando uma experiência que me ocorrera na época em que escândalos sobre corrupção, (havia, claro, mas ratos famintos não invadiam as despensas para comer o queijo numa bocada só) nepotismo declarado em setores públicos, formação de quadrilhas para extorsão e lavagem de dinheiro público, não era tão evidentes e declarados como são agora.
Indicado para prestar serviço numa empresa, assim que adentrei a sala, o diretor inquiriu: “Antes de sentar, por favor, responda-me uma pergunta: você faz, ou já fez parte, ou trabalhou em órgãos públicos; ou ainda foi funcionário público”? Imediatamente respondi que “não”. Porém, entendi tudo aquilo como uma afronta, pois o que interessava à empresa tais coisas de minha vida pessoal; estava ali vendendo minha competência e a resolução dos problemas dela, o resto mais fazia parte de minha historia, que em nada me comprometia como cidadão e minha conduta como profissional; portanto, por que dar explicações a terceiros do que fiz ou deixei fazer ao longo de minha carreira?
Terminada a entrevista, antes de cumprimentarmos a despedida, perguntei: “por favor, esclareça-me os porquês das perguntas iniciais? Qual a relação entre as minhas propostas de prestação de serviço, com o funcionalismo publico”? Secamente o diretor, respondeu: “É que não admito em minha empresa pessoas (funcionários) que já tenham prestado ou trabalhado em repartições públicas; porque, salvo aquele que desconheço, são todos profissionais oxidados pelo tempo. Anacrônicos, recebem o soldo mensal hoje, e já pensam no dia do próximo pagamento; mais nada. Quando não, nas férias, aposentadoria, benefícios, etc. Não querem nada, com a pátria amada. Passar bem e conto com os seus bons préstimos!”
O planejamento político/econômico/social do país sempre foi uma receita de uma iguaria qualquer com os mesmos ingredientes pré-cozidos, que se analisada com a luz da racionalmente, as receitas dos fracassados programas de televisão sobre gastronomia são mais criativos que as medidas concernentes à politica pública adotada pelos governantes. Na economia, já copiaram deslavadamente os fracassados modelos econômicos argentinos e mexicanos; (e salvo um raro), nunca houve (se houve está nos livros de história e para povos incultos, o passado e o presente representado pela história não conta) um líder de estado que, em vez de vender a sua autopromoção, fechasse as portas para o inventário interno.
Trabalhasse os problemas do país na raiz, no cerne e a partir deles, combatê-los com todas as forças. Criasse um remodelamento político, que em vez de investir em futebol, que é a paixão nacional, mas não rende nada socialmente, investisse verdadeiramente em educação, saúde, transporte, moradia, etc. Os senhores do poder sobrevivem e alimentam-se da alienação política do povo.
Exemplificando, deixando o país nas mãos do vice, primeiro ministro e assessores, (quando esses não pegavam carona no rabo do cometa) usando a máquina pública, dentre todos os estadistas do mundo, o Lula foi o presidente que mais viajou no planeta. Em suas (con)gestões, com a falácia que estava apresentando o Brasil para o mundo, era mais fácil encontrar o “nacionalista Lula” no exterior, que administrando o país. Com o escândalo de corrupção na Petrobras, (apenas um deles) foi possível ter um panorama das vendas executadas por ele e suas comitivas de viagem, a qual chegou a ser com mais de 300 pessoas.
Tai o motivo de quando perguntado sobre o que acontecia no Brasil, deslavadamente, ele dizer que não sabia de nada. Completava dizendo que se “houve irregularidade”, que apurasse os fatos e cada um que pagasse pelo erro cometido. Oras, quem era o líder representante do país? O leitor? Quem escreve este? Nos seus mandatos, o país esteve à mercê de quem de direito? Sempre foi omisso em suas palavras, (na realidade um falastrão de bazófias e bestialidades) cego de atos e nunca presidiu com ares de líder estadista; mas sim adotando a política do populismo; do “eu sou o socialista bonzinho do povo”; (pode ser considerado o Robin Wood brasileiro) e com motivos de sobra, afinal, seu intento foi e continua sendo, apenas o poder. Para quem é brasileiro de fato e não apenas no RG e passaporte; brasileiro por amor ao que o país lhe oferece; pelas belezas e riquezas infindas e acompanha o desenvolvimento do país através da política, esse senhor nunca, mas nunca, teve compromisso sério com o país. Por sorte, ele comandou um povo alienado, um povo que contenta-se com cerveja e samba (agora maconha e funk); um povo que não discute política, mas que se mata pelo futebol e religião; com isto, ele como pequeno rei sem coroa que é, impera(ou) omitindo os fatos que agora estão escancarados ao mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário