Foto: Praça de Caraubas/RN, por Harrison Senna 2013
O Rio Grande do Norte experimenta tendência de fim da seca e chuvas acima da média em 2018. A previsão é do PhD em Meteorologia Luiz Carlos Molion, feita no II Fórum das Águas, realizado na semana passada, em Apodi. A estimativa do pesquisador, referência internacional em meteorologia, é que as chuvas no Estado sejam até 15% acima da média, no próximo ano.
O prognóstico de Molion não segue modelos climáticos, ao contrário de
previsões mais usuais. “São ineficientes e cenários fictícios”,
argumenta. Sua conclusão, sustenta, é embasada em cenários de
similaridade, obtidos em dados pluviométricos dos últimos cem anos, que
indicam semelhança com 1998 a 2001.
Naqueles anos, o Rio Grande do Norte também saiu de grave estiagem
para boas chuvas. “Me arrisco a dizer que podem ser 15% acima da média
em 2018 e 10% acima da média em 2019”, prevê Molion, que apresenta
outras condições para subisidiar essa expectativa. Uma delas é a
temperatura do Oceano Pacífico.
O mar, segundo ele, sofreu resfriamento e demorará a esquentar, o que
deve provocar, em 2018, o fenômeno La Ninã, o qual favorece chuvas no
semiárido brasileiro. E o progressivo – e ciclíco – distanciamento da
Lua sobre a terra também contribuirá, já que influencia as correntes
marinhas e atua na fomação de chuvas.
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