O
adiamento da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados
para fevereiro desapontou executivos do setor financeiro e especialistas
do mercado, apesar de a notícia ser mais do que aguardada. O consenso
que está se solidificando entre eles é que, em 2018, as mudanças no
sistema de aposentadorias dificilmente serão aprovadas. Além disso,
dependendo do resultado das próximas eleições, a reforma poderá ou não
ser realizada em 2019, quando o cenário ficará ainda mais crítico, do
ponto de vista econômico e fiscal.
Depois de cair 1,2% na última quarta-feira, logo após o adiamento ter
sido anunciado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), a
Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrou o pregão de ontem com nova
queda.
O Índice Bovespa recuou 0,67%, para 72.429 pontos. Já o dólar
subiu 0,82%, cotado a R$ 3,337 para venda. A tendência de desvalorização
dos ativos brasileiros deve aumentar nos próximos dias, uma vez que
duas das três maiores agências de classificação de risco
norte-americanas, a Moody’s e a Fitch Ratings, já deram sinais, ontem,
de que podem anunciar em breve novo rebaixamento do país. A nota dos
títulos soberanos brasileiros já está a dois degraus abaixo do nível de
investimento.
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