Com todas atenções voltadas para o Conselho de Ética, a semana começa
com a expectativa de que, depois de seis meses em tramitação, seja
concluído o processo contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os 21
integrantes do colegiado começam a discutir e votar o parecer favorável a
seu afastamento na manhã desta terça-feira (6). Mas, o desfecho pode
ocorrer apenas na quarta ou quinta-feira, caso os debates se estendam
por horas e seja iniciada a Ordem do Dia no plenário da Casa, o que
impede que qualquer votação ocorra nas comissões.
Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em
seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar. Havia
a expectativa de que o relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), também
incluísse em seu parecer as acusações de recebimento de propina para
viabilizar contratos com estatais brasileiras. Mas, por orientação da
Mesa Diretora, Rogério não considerou essas denúncias no voto.
Sobre as contas, Cunha, que foi o responsável pela sua defesa no
colegiado em 19 de maio, negou ser o titular e afirmou que é apenas
beneficiário dos recursos advindos de trustes. O presidente afastado da
Câmara, por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou
que esta situação ficou “comprovada na instrução do processo no
conselho”.
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