O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu encaminhar nesta segunda-feira, 13, todas as investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o juiz Sérgio Moro, da 13{ Vara federal de Curitiba.
Dilma foi captada em uma conversa com o ex-presidente em que o avisa sobre o envio de um documento de posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil. Por uma decisão de Moro, os áudios foram tornados públicos, aumentando ainda mais a crise vivida pelo governo Dilma. Como consequência, o ministro Gilmar Mendes, do STF, acolheu um pedido para barrar a posse de Lula na Casa Civil.
Entre as investigações que devem voltar para Moro estão a que envolve se Lula é ou não dono de um sítio em Atibaia e a sobre de um triplex em Guarujá, ambos imóveis que receberam reformas custeadas por empreiteiras investigadas na Lava Jato. Com isso, as investigações voltam para o juiz da Lava Jato que, no dia quatro de março determinou a condução coercitiva de Lula, quando o investigado levado a depor pela Polícia Federal, para explicar as suspeitas envolvendo os dois casos polêmicos.
O DIÁLOGO ENTRE LULA E DILMA CAPTADO NO DIA 16
As investigações que envolvem Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff por suspeita de obstrução à Justiça permanecem no Supremo, porque a petista ainda detém foro enquanto é julgada no processo de impeachment em trâmite no Senado.
Sobre as escutas, Teori afirma que o juiz de Curitiba usurpou a competência do STF ao divulgar e fazer gravações de pessoas que detinham foro privilegiado. O ministro do Supremo também diz que a nulidade da prova colhida deve ser penas das escutas telefônicas captadas após a decisão que determinou o encerramento da interceptação, em 16 de março.
A decisão de remeter as investigações contra Lula para Moro acata em parte a manifestação do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que solicitou à Corte a remessa dos autos das investigações envolvendo o petista para a primeira instância, já que ele não tem foro privilegiado.
Diálogo. No diálogo interceptado no dia 16 de março, pouco tempo após a decisão de Moro suspendendo as escutas nos telefones do ex-presidente Lula, o petista recebe um telefonema da Presidência da República, na época ainda ocupada por Dilma. Para o juiz da Lava Jato, os diálogos sugerem tentativa de influenciar no andamento das investigações da operação.
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