Após o pedido de desligamento de Geddel Vieira Lima da Secretaria de
Governo, o presidente Michel Temer ofereceu a articulação política ao
PSDB. Entretanto, a legenda, que defende maior participação no governo,
rejeitou a proposta. Os tucanos avaliam que o posto é desgastante e
preferem atuar junto ao PMDB com protagonismo na formulação da política
econômica. As informações foram divulgadas pelo Estadão neste
sábado (3).
De acordo com o jornal, entre as possibilidades apresentadas
a Temer está a de o PSDB assumir o Ministério do Planejamento em uma
reforma ministerial prevista para o início de 2017. Hoje, o cargo é
ocupado por Dyogo de Oliveira.
O problema é que aliados do presidente temem um “jogo duplo” da
legenda tucana. Em caráter reservado, membros da base aliada destacam
que o receio é que o PSDB rompa com o governo em 2017 no caso de a
economia continuar estagnada “e a popularidade do presidente muito baixa
– o que poderia comprometer o projeto do partido para 2018, ano da
sucessão presidencial”. A matéria destaca ainda que “são recorrentes as
reclamações que os tucanos estariam enviando sinais trocados”. “De um
lado fazem juras de lealdade, mas de outro criticam a condução da
economia”, ressalta o jornal.
“Não existe alternativa para o PSDB a não ser o governo dar certo.
Não há aposta em plano B. Vamos ajudar o presidente Michel até o final a
fazer essa travessia”, destaca Aécio Neves, presidente nacional do
PSDB.
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