"Nada disso me surpreende", comentou ele, a respeito da informação publicada pela revista IstoÉ,
segundo a qual Dilma teria dito ao empresário Marcelo Odebrecht que ele
deveria pagar os R$ 12 milhões pedidos por Edinho Silva, então tesoureiro de sua campanha à presidência em 2014. Essa informação constaria da delação do empreiteiro.
"A revelação desmascara a tentativa de Dilma Rousseff e seus apoiadores de vitimizá-la", avaliou Ferraço. "Propina para gastos de campanha, para pagar cabeleireiro, é coisa de quem não tem pudor."
Ele não arriscou avaliar, porém, se as novas revelações alterarão as tendências de voto na comissão do impeachment, do qual é integrante. "Mas estou convicto que o retorno dela é um desastre absoluto." As delações não integram formalmente o processo de impeachment, que trata de pedaladas fiscais, mas ajudam a compor o julgamento político que, segundo Ferraço, é dado "pelo conjunto da obra."
O senador comentou ainda que o quadro político vai-se complicando com informações como a dada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que teria negociado e repassado R$ 70 milhões em propinas, sendo R$ 30 milhões para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), R$ 20 milhões para o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e outros R$ 20 milhões para o ex-presidente José Sarney.
Essa revelação foi feita pelo jornal O Globo e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
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