O depoimento do ex-presidente e sócio da OAS, Léo Pinheiro, travou as negociações do acordo de delação premiada.
Segundo
o empreiteiro, as obras que a OAS fez no apartamento tríplex do Guarujá
(SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma da empresa agradar a
Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido.
A freada ocorre no momento em que OAS e Odebrecht disputam uma corrida para selar o acordo de delação.
Para procuradores, a versão de Pinheiro é pouco crível e tenta preservar o ex-presidente Lula.
Condenado
em agosto do ano passado por corrupção, lavagem de dinheiro e
organização criminosa, Pinheiro corre para fechar um acordo porque pode
voltar para a prisão neste mês, quando o TRF (Tribunal Regional Federal)
de Porto Alegre deve julgar o recurso de seus advogados.
A decisão da Odebrecht de fazer um acordo de delação acrescentou uma preocupação a mais para Pinheiro.
Os
procuradores da Lava Jato em Curitiba e Brasília adotaram uma
estratégia para buscar extrair o máximo de informação da Odebrecht e
OAS: dizem que só vão fechar acordo com uma das empresas. E, neste
momento, a Odebrecht está à frente, segundo procuradores.
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