Uma
das infecções virais mais comuns, o herpes é conhecido pela eclosão das
crises em períodos de estresse. O mecanismo por trás do elo entre os
dois fenômenos, porém, não é completamente conhecido. Um estudo
recentemente divulgado por pesquisadores dos Estados Unidos deixa esse
vínculo menos obscuro. Em experimentos com ratos infectados pelo vírus
HSV, o causador das formas mais comuns do herpes, eles identificaram um
esquema cerebral ligado à doença e conseguiram impedir que ela se
manifestasse novamente nos animais.
A aposta na análise do cérebro deu-se porque estudos anteriores
apontam que o vírus do herpes se instala nos neurônios pelo fato de
serem células resistentes do corpo. “Nossa colega, a doutora Anna
Cliffe, interessou-se pela ideia de que o HSV pode tirar vantagem da
capacidade de sobrevivência a longo prazo dos neurônios e usá-los como
hospedeiros, podendo se esconder neles por muitos anos”, destacou ao
Correio Mohanish Deshmukh, professor do Departamento de Biologia Celular
e Fisiologia da Universidade de Carolina do Norte e um dos autores do
novo trabalho.
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