Quando
surgiu, há 15 anos, a droga tenofovir representou uma revolução.
Antirretroviral capaz de diminuir a carga de HIV no corpo, a medicação
foi uma das responsáveis pela melhora da qualidade de vida de
soropositivos. Com quase nenhum efeito colateral, o remédio é usado na
fase inicial do tratamento contra Aids, em geral por meio do comprimido
apelidado de “3 em 1” (tenofovir, efavirenz e lamivudina), ingerido
diariamente.
No entanto, uma pesquisa divulgada ontem revela que, em parcelas
significativas de pacientes da Europa e, principalmente, da África, o
vírus criou uma resistência à substância. Segundo especialistas, o
problema pode até mesmo afetar os planos da ONU de controlar a doença
até 2030.
Os pesquisadores concluíram, ainda, que cerca de dois terços dessas
pessoas também desenvolvem resistência a outras drogas ingeridas junto
com o tenofovir, o que significa que o tratamento delas está totalmente
comprometido. Segundo o estudo, 15% dos africanos tratados com esse
remédio podem criar resistência à droga logo no primeiro ano de
tratamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário