A prioridade do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) passa a ser agora livrar sua mulher, Claudia Cruz, da prisão.
Cunha estaria convencido de que o Ministério Público Federal
dificilmente concordará em dar a ele os benefícios da delação premiada,
como cumprir a pena fora da prisão.
Mas poderia concordar em aliviar eventual condenação de Claudia Cruz caso ele decida abrir a boca e contar o que sabe aos procuradores.
O arquivo de Cunha atingiria especialmente grandes empresas do país que teriam negociado com ele benefícios, parcerias e acordos na Câmara dos Deputados e em setores do governo.
E que teriam participado de encontros com a cúpula do PMDB, inclusive com Michel Temer.
Um desses encontros até já veio a público, na Operação Lava Jato.
Cunha organizou reunião entre a empreiteira Andrade Gutierrez e o então vice-presidente Temer.
O tema: contribuição para campanha eleitoral do PMDB.
Temer já disse que a ajuda financeira foi legal.
Apesar de contrariado com o governo Temer, Cunha não pretende transformá-lo na bola da vez, segundo interlocutores.
Pode bater no presidente, mas um de seus alvos principais passaria
agora a ser também o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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