O fenômeno climático e oceânico El Niño deverá se configurar entre o final de 2018 e início de 2019 de acordo com o físico, meteorologista e mestre em Meteorologia Rodrigo Cézar Limeira.
A região central do Oceano Pacífico vem apresentando desvios de
temperatura superiores a 0,5º C acima da média desde o mês de agosto,
fato que caracteriza a fase de formação, ou de configuração de um novo
episódio do referido fenômeno.
Nessa conjuntura, o estudioso Rodrigo Cézar Limeira pontua que em 2019, todo o semiárido do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará e porção central do Piauí,
terão chuvas irregulares e mal distribuídas, a exemplo do que ocorreu
no último evento de El Niño, observado nos anos de 2015 e 2016.
O estudioso pontua 2019 como um ano de perdas nas lavouras em
praticamente todos os municípios do semiárido, incluindo o interior da
Paraíba.
As chuvas terão grande má distribuição espacial e temporal próximo
ano, isso significa dizer que em determinado mês poderá chover acima da
média no interior do semiárido, mas no mês seguinte poderá chover bem
abaixo da média, fato que vai prejudicar as lavouras, principalmente de
milho.
Em anos de El Niño costumam ocorrer verânicos significativos no
semiárido. Passar 15 e até 20 dias seguidos sem chover, isso atrapalha o
desenvolvimento das culturas agricolas.
Em anos de El Niño é frequente ocorrer as chamadas chuvas de manga, ou chuvas muito localizadas.
O fato de chover de forma muito irregular em anos de El Niño em
grande parte do semiárido brasileiro, deve-se ao fato de um ramo
descendente da célula de Circulação de Walker ficar sobre o norte do
Nordeste, isso contribui para a atuação de uma alta pressão persistente
na região, inibindo a convecção e tornando as chuvas mal distribuídas.
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