Aquele cenário de veículos parados, funcionários
deitados em horário de trabalho por falta de equipamento e movimentação
pequena nos canteiros de obras mudou. Desde que o consórcio Ferreira Guedes – Toniolo, Busnello assumiu as obras da primeira etapa do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), em maio, o número de contratações aumentou e o ritmo foi alterado.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, mais de 1.900 homens trabalham na Meta 1N em Salgueiro (PE) e Penaforte (CE).
A Pasta afirmou que as frentes de serviço estão atuando em turno de
24 horas para garantir o cumprimento do cronograma. A informação foi
confirmada pela equipe do Diário do Nordeste, com os moradores das comunidades próximas às obras.
A promessa é que, até o fim de 2018, a água do “Velho Chico” chegue
em solo cearense. Com 96% de avanço físico, o Eixo Norte, quando
concluído, poderá assegurar o abastecimento para 7,1 milhões de pessoas
nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
O Eixo Norte tem, ao todo, 260 quilômetros de extensão, distribuídos
em três etapas: 1N, 2N e 3N. São três estações de bombeamento, 15
reservatórios, oito aquedutos e três túneis. No último mês de julho, os
testes da terceira estação de bombeamento (EBI-3), em Salgueiro – a
maior estação elevatória de toda a Integração do São Francisco, foram
iniciados.
Naquele mesmo mês, foi concluída a escavação do túnel Milagres, na
divisa entre Ceará e Pernambuco. A estrutura possui quase 1 km de
extensão e 9 m de diâmetro. Estes dois locais são considerados os pontos
mais complexos da obra.
As águas do São Francisco já avançam por 80 quilômetros dos canais do
Eixo Norte até a EBI-3. Mas ainda há muita coisa a ser feita, como o
piso e acabamento interno do túnel, que já foram iniciados e sua obra
vara a madrugada, incomodando, inclusive, os moradores da comunidade de
Montevidéu, em Salgueiro (PE), por causa do barulho produzido pelo
sistema de ventilação.
Além disso, muitos trechos ainda não foram canalizados ou tiveram que
ter as placas recolocadas. Às margens da BR-116, duas pontes estão em
construção, mas ali o ritmo é lento. No Sítio Lagoa Preta, em Penaforte,
por exemplo, cerca de 10 homens trabalham no serviço. Mais à frente,
pouco antes do limite com o município de Jati, outra estrutura segue em
execução, mas com um número pequeno de trabalhadores. Uma terceira
ponte, no Sítio Juá, esteve abandonada a poucos dias, segundo os
moradores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário