A
hipertensão nas gestantes é a causa de mais de 90% dos partos
prematuros não espontâneos no Brasil, ou seja, aqueles que precisaram
ser programados após indicação médica. A constatação foi feita por um
estudo comandado pelo Hospital da Mulher (Caism) da Unicamp em Campinas
(SP), que envolveu outros 19 hospitais de referência no país.
“A gente sabia que a hipertensão teria um papel central como
motivadora, mas a expressividade como ela apareceu foi uma supresa.
Estar presente em mais de 90% das indicações foi uma grande surpresa.
Está entre as principais causas de mortalidade materna no Brasil. A
outra causa é a hemorragia no parto”, afirma o obstetra e pesquisador da
Unicamp Renato Teixeira de Souza.
O estudo com foco nos partos terapêuticos, como também são chamados,
foi concluído após quatro anos desde o início da pesquisa. Esses partos
são intervenções muitas vezes salvadoras, tanto para a mãe como para o
bebê. O Caism idealizou e organizou os trabalhos, que receberam o nome
de Emip – Estudo Multicêntrico de Investigação em Prematuridade.
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