Em
2015, os brasileiros enfrentaram o fechamento de postos de trabalho em
decorrência das dificuldades econômicas no país. Em 2016, o cenário pode
se repetir, segundo avaliação de especialistas.m Para o vice-diretor da
Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Renaut
Michel, a taxa de desemprego no Brasil deverá continuar crescendo em
2016, por causa da queda no nível da atividade econômica. “Não há nenhum
tipo de expectativa positiva”, disse o especialista em mercado de
trabalho.
Para Renaut Michel, embora a construção civil, um dos setores que
mais empregam no país, tenha sentido mais os impactos da crise, outros
setores da indústria poderão ser afetados este ano. O único setor que
deve continuar apresentando bom desempenho é o agronegócio. “Mas não vai
conseguir ser suficiente para minimizar o impacto muito ruim da
trajetória do emprego nos próximos meses”, disse ele.
“A indústria já vem mal há um bom tempo. Enfrenta um problema sério
de perda de competitividade, de queda de investimentos. Minha
expectativa é que continue um ano muito ruim para a indústria, mas em
alguma medida vai afetar também o comércio e o serviço, porque o
ambiente de incertezas está levando as famílias a consumirem menos. Em
consequência disso, os empresários investem menos e bancos também não
emprestam”, acrescentou.
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