Um grampo da Operação Boca Livre, feita pela PF em
parceria com a Procuradoria da República, captou o diálogo entre um
acusado de fraudar a Lei Rouanet e sua mãe (dele).
Bruno Amorim é filho do fundador do Grupo Bellini Cultural, o
principal alvo da Boca Livre. Ana Lúcia, a mãe do executivo, também é
ligada ao grupo.
No trecho do diálogo publicado por Fausto Macedo (reproduzido
abaixo), Bruno admite que seu método não é “100% correto”, mas alega que
“todo mundo faz”.
Bruno Amorim — (…) O que eu faço, na verdade, não é 100% correto,
entendeu? É tipo… eu cumpro a lei, mas não poderia tá fazendo o que eu
faço.
Ana Lúcia — Por quê?
Bruno — Porque não, mãe. Sei lá, é complicado.
Ana Lúcia — Não é Lei Rouanet?
Bruno — Não, é Lei Rouanet, mas não é 100%. Ah, depois eu te explico. Mas não é 100% correto.
Ana Lúcia — Mas, filho, se não é 100%…
Bruno — Todo mundo faz, todo mundo faz.
Ana Lúcia — É, filho, mas isso implica em quê?
Bruno — Não, não implica em nada, mãe. Eu tô dando, tipo, as contrapartidas sociais, plano do projeto…
Ana Lúcia — Tá o quê?
Bruno — Tô fazendo tudo certinho.
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