Hoje, diz o Datafolha, a maioria da população, 53%, não tem interesse
pela Copa. Já surgiu a tese de que a camisa da Seleção, sendo amarela
como o pato da FIESP usado nos protestos contra Dilma, perdeu prestígio.
Besteira: a camisa é canarinho, amarelo-canário, e foi festejada na
Copa de 1970, apesar de tentarem (sem êxito) identificá-la com a
ditadura militar.
Ao contrário do que acreditam coxinhas e petralhas, o mundo não gira
em torno de suas fixações. Nem tudo é política. No caso da Seleção e da
Copa, há outro fator: em 58, em 62, em 70, cada torcedor conhecia cada
jogador. Os convocados jogavam em seu time, ou contra ele; torcia-se
pelo craque do time (e, portanto, pela Seleção). Hoje, poucos craques
estão no Brasil, ou aqui se consagraram: saíram meninos e cresceram
muito longe da torcida. Normalmente, têm ligação com o Brasil, mas é
mais distante.
Gilmar, Nilton Santos, Didi, Vavá, Pelé, esses o torcedor conhecia e
sabia onde jogavam. Responda rápido: aqui, onde jogava Roberto Firmino?
Nenhum comentário:
Postar um comentário