Diante do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), apresentado
no Estado do Ceará no início de novembro e que aponta risco de poluição
das águas do projeto de transposição do Rio São Francisco, o deputado
federal Rafael Motta (PROS) solicitou ao ministro das Cidades, Gilberto
Kassab, e ao presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Antônio
Henrique Pires, a priorização dos municípios situados na margem das
águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), nos
programas de esgotamento sanitário do Governo Federal.
De acordo com o TCU, 57% dos 390 municípios da área de influência
direta do projeto não possuem serviços adequados de esgotamento
sanitário, nem sequer convênios para construção de esgotos. “A
informação apresentada pelo Tribunal é grave e aponta para um gargalo
que pode prejudicar a transposição, já que essa ausência de sistemas de
esgoto representa um elevado risco de poluição das águas,
impossibilitando o seu consumo por seres humanos”, destacou o deputado
Rafael Motta.
A transposição do São Francisco será capaz de tornar a água um bem
perene em mais de 60 municípios do Rio Grande do Norte, fato muito
relevante para um Estado que vive hoje a maior crise hídrica dos últimos
cem anos, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária
(Emparn). O relatório do TCU foi apresentado durante audiência pública
realizada pela Comissão Externa da Transposição do Rio São Francisco, no
último dia 5 de novembro, no município de Juazeiro do Norte-CE.
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