São Paulo – O Instituto de
Pesquisa por Inteligência Extraterrestre (Seti, em inglês) em Mountain
View, na Califórnia, revelou que a “megaestrutura alienígena”,
encontrada em torno de uma estrela distante da Terra, não é fruto de
tecnologia alienígena.
O sistema estrelar KIC 8462852 ficou conhecido no mês passado
após Jason Wright, astrônomo da Universidade Penn State, sugerir que o
padrão de luz da estrela evidenciava escurecimento incomum de 20%.
Para
Wright, esse dado significava que uma estrutura com painéis solares foi
construída em torno da estrela – e que foi arquitetada por alienígenas
para captar energia do astro.
A
fim de investigar esse comportamento pouco comum da KIC 8462852, o
Instituto Seti utilizou o Telescópio Allen Array para examinar a
estrela. O aparelho tem 42 antenas, cada uma com seis metros de altura.
Durante
duas semanas, as antenas procuraram sinais com frequências entre um e
dez GHz – que seria consistente com as emissões de alienígenas
usufruindo a energia de uma estrela. Além disso, os cientistas enviaram
“sinais de saudações”, de ordem de 1 Hz de largura, para a estrutura. O
objetivo era fazer contato com os supostos ETs.
Porém,
os pesquisadores não obtiveram sucesso. “A história da astronomia
sempre nos mostra que, cada vez que pensávamos que tínhamos encontrado
um fenômeno extraterrestre, estávamos errados”, observa Seth Shostak,
astrônomo do Seti, em um comunicado.
Apesar de os resultados não revelarem a presença de alienígenas na estrela, o comunicado do instituto nota que há um sinal de significante baixa frequência apontado na direção da Terra que ainda não foi estudado.
No
entanto, a falta de uma detecção na faixa de frequência de microondas
sugere que o objeto é, provavelmente um evento natural e, não,
artificial. Assim, a teoria que Tabetha Boyajian, astrônoma da
Universidade de Yale (EUA), apresentou em setembro sobre a possibilidade de que a estrutura foi originada por uma chuva de cometas, parece ser a mais correta.
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