Lula foi preso – e daí, como isso influenciará as eleições? Talvez
não dê tempo para saber: se a decisão do Supremo levá-lo a ser solto,
como isso se refletirá em sua popularidade? Será visto (não pelos
seguidores, claro, mas pela opinião majoritária) como um criminoso que
escapou da punição ou como um vitorioso que nem a Justiça consegue
submeter?
A partir do que ocorrer hoje será possível começar a avaliar quem
ganhou e quem perdeu. De qualquer forma, pela Lei da Ficha Limpa, Lula é
inelegível. Mas, num país em que é difícil prever até o passado, como
saber se não terá saída? Dilma não manteve direitos políticos mesmo
tendo sofrido impeachment?
Se Lula não puder ser o candidato do PT (e das esquerdas em geral,
como Renan Calheiros, Ricardo Coutinho, Roberto Requião, Eunício
Oliveira e outros), de acordo com a Lei da Ficha Limpa; e se não derem
um jeito de interpretá-la, quem será o candidato em seu lugar?
Em seu último discurso, Lula jogou o PT ao mar: não citou ninguém –
nem Dilma! – a não ser, muito de leve, Fernando Haddad. Citou gente de
outros partidos: o dirigente dos sem-teto, Guilherme Boulos, do PSOL, e
Manuela D’Ávila, do PCdoB.
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