Em
depoimento prestado na quarta-feira (16), na sede da Polícia Federal em
Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou interferência
em nomeações para as diretorias da Petrobras durante os oito anos de
seu mandato. A informação foi divulgada hoje (18) . Na oitiva, Lula
declarou que nunca tratou com qualquer partido sobre a indicação de
nomes para ocupação de vagas na administração pública e disse que há um
processo de criminalização do PT.
O ex-presidente prestou depoimento na condição de informante no
principal inquérito da Operação Lava Jato que tramita no Supremo. A
investigação envolve 39 pessoas. Para a PF, Lula poderia contribuir com
as investigações por ter sido presidente da República na época dos fatos
investigados.
Aos investigadores, Lula declarou que “não crê” que os partidos
políticos que formaram a base aliada de seu governo receberam vantagens
indevidas em contratos da Petrobras. Questionado sobre a que atribui a
existência de pessoas de seu governo que são investigadas na Lava Jato,
Lula disse que isso se deve ao processo de transparência dos órgãos de
fiscalização, como a Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF)
e a Controladoria-Geral da Uni o (CGU) durante os últimos 12 anos, além
da imprensa livre e a um processo de criminalização do PT.
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